Veja dicas de como se acostumar mais fácil ao horário de verão
A perda de uma hora do dia no fim de semana deixou muita gente sonolenta, principalmente quem precisou trabalhar.
Para quem acorda cedo, o primeiro dia do horário de verão também não foi fácil. A perda de uma hora do dia no fim de semana deixou muita gente sonolenta, principalmente quem precisou trabalhar. Já outra parcela da população deu boas vindas à mudança.
Na ciclofaixa, todo mundo estava acertando relógio da bicicleta. "Eu reajustei ontem à noite o de casa. E agora quando peguei a bicicleta lembrei que tinha que fazer a mesma coisa", conta Wellington Oliveira, administrador de empresas.
Logo cedo, na padaria, o atendente Djalminha Cardoso era o único que parecia ter se preparado. “Dois dias antes eu já fui me preparando devagar. Para o organismo ficar preparado”, conta.
Os outros funcionários não gostaram nada da noite mais curta. "Fica cansativo, é muito puxado. Acho que levo uma semana para me adaptar", conta Edvaldo Queiroz dos Santos, chapeiro.
"Estou com o olhinho pequenininho, fechadinho. Dá sono mesmo, uma hora a menos", diz Edson Nascimento Silva, padeiro.
Se o padeiro já sofre com essa mudança de horário, imagina então quem abre a padaria. E é o que o Moacir faz. "Hoje Levantei às 2h30. Fez falta essa horinha de sono, bastante", conta o gerente de produção.
Quem não teve que madrugar, aproveitou para se divertir com o dia ensolarado e mais longo. "Melhor para levantar, fazer exercício. A gente fica um pouco mais animado, vamos dizer assim", conta Leandro Ferreira, advogado.
"É ótimo. Dura mais a noite, você pode passear um pouco mais ao ar livre. Por mim o ano inteiro podia ser horário de verão", diz Cristiane del Cioco, dona de casa.
Se o horário de verão divide opiniões, uma coisa é certa. Mesmo quem gosta desses 119 dias, se sente meio diferente no dia da virada.
"Apesar de eu gostar do horário de verão, meu corpo, biológico, leva um tempinho para se organizar", afirma Sheila Gonçalves, empresária.
O Ministério de Minas e Energia calcula que o período signifique uma economia de R$ 280 milhões ao país.
"No comecinho é um pouco difícil, mas depois acostuma", afirma Miguel Sarmiento, supervisor de arte.
Quem for viajar também precisa prestar atenção ao horário do voo ou da partida do ônibus. No Terminal Rodoviário do Tietê, os passageiros estão sendo alertados sobre a mudança.
Em todo o país, 123 milhões de pessoas devem ser atingidas pela mudança. Segundo a coordenadora do Instituto do Sono, o corpo sofre com a mudança porque o organismo tem uma facilidade em atrasar o sono, e não adiantar.
"Com o horário de verão, a gente passa a acordar uma hora mais cedo, e deveria dormir uma hora mais cedo, mas as pessoas chegam na hora de dormir com o cortisol alto, então elas não respeitam o horário e vão dormir tarde, ficando privadas do sono. Mas é apenas uma hora, em dois ou três dias acostuma", explica Lia Rita Bittencourt.
"Para minimizar o desconforto, a orientação é se expor à luz cedo e diminuir à noite. Ou seja, ir para o trabalho com óculos escuros, evitar ficar na internet. Mas acordar e acender as luzes da casa, e diminuir de noite", afirma.
Sobre a atividade física, Lia Rita Bittencourt afirma que o exercício é sempre bem vindo para o sono, independente do horário. "As pessoas que têm tendência a ter insônia a gente pede para fazer um pouco mais cedo do horário que fazia", ressalta.
"Os principais sintomas dessa privação são irritabilidade, alteração de memória, sonolência – com risco de acidentes. Os efeitos são imediatos", ressalta.
Fonte: G1