Voto não tem preço, tem consequência
"Voto não tem preço, tem consequência". Com essa frase como mote de campanha, os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) e a Associação Sul-Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público (ASMMP), além do apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul conseguiram o objetivo de alertar a população no Estado de que a compra e a venda de votos é crime.
Desde o dia 24 de setembro, Procuradores da República e de Justiça, além de Promotores de Justiça Eleitorais de inúmeras comarcas do Estado, além de Campo Grande, intensificaram o contato com a população com palestras, distribuição de folders, panfletos, cartazes, etc., com o objetivo de passar a mensagem "se você não quer um Brasil corrupto, não se corrompa".
É uma campanha pelo voto consciente, destaca o Procurador de Justiça Edgar Roberto Lemos de Miranda, que coordena o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Eleitorais. O dinheiro usado para comprar voto, muitas vezes vem dos cofres públicos. É o nosso dinheiro, que deveria ser investido em saúde, educação, saneamento básico e segurança que é desviado justamente para compra de votos.
Cestas básicas, materiais de construção, dentaduras, óculos, remédios, transporte, presentes, consultas médicas e promessa de favores: isso tudo é usado para comprar o nosso voto. E aceitar vantagens em troca do voto é o mesmo que vendê-lo e é crime.
A campanha contou com materiais impressos, que foram distribuídos para a população, e de boletins de rádio e vídeos, veiculados nos principais meios de comunicação, além da adesivagem de veículos. O objetivo foi chamar a atenção dos cidadãos para a importância de boas escolhas e para os prejuízos do comércio de votos. Os distribuídos durante a campanha lembram o eleitor que, ao trocar seu voto por pequenos favores pessoais, ele ajuda a eleger um candidato corrupto, que não respeita as leis e que certamente vai exercer seu mandato buscando satisfazer apenas seus próprios interesses.
A procuradora regional eleitoral Danilce Vanessa Camy ressaltou que "o dinheiro usado para compra de votos não pode ser contabilizado nos gastos de campanha, que são apresentados à Justiça Eleitoral. Por isso, ele sai do chamado caixa dois; além disso, quem gasta com esse tipo de corrupção, caso eleito, provavelmente vai tentar reaver esses valores também de forma ilícita. É uma bola de neve que começa com o eleitor vendendo seu voto", afirma.
A campanha pretende estimular denúncias de condutas ilícitas na campanha eleitoral. As notícias nesse sentido podem ser comunicadas através do disque-denúncia do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS) pelo telefone (67) 3326-0001, inclusive neste domingo, 7 de outubro, data oficial das eleições municipais, quando serão escolhidos os prefeitos e os vereadores, ou pelo site www.pre.prms.mpf.gov.br. Não é preciso ter medo, pois a identidade é mantida em sigilo.
Orientações
- Vote consciente: busque informações sobre o passado dos candidatos e reflita antes de decidir o seu voto.
- Não venda o voto: você pode ganhar na hora, mas, depois, perde muito.
- Não vote em quem tenta comprar o seu voto.
- Denuncie a compra e venda de votos e ajude a combater os crimes eleitorais.
- Conte aos amigos o que aprendeu e ajude a proteger o Brasil de governantes corruptos.
Fonte: MPMS