O Sindicato Rural de Paranaíba em parceria com o Senar-MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul) promoveu durante todo o dia 23 o Ciclo de Palestras do Programa Mais Leite. Estiveram presentes no evento palestrantes de alto nível técnico que abordaram as exigências do mercado, a capacitação da mão de obra e as novas técnicas para uma produção lucrativa e de qualidade. A Diretoria do Sindicato Rural estava presente, bem como o prefeito municipal José Garcia de Freitas, o presidente da Coopar Diomário Salustiano, e o Conselheiro do Senar Dário Alves de Souza que esteve representando o Vice-presidente de Finanças da CNA Ademar da Silva Junior, o Vice-presidente Diretor da CNA Eduardo Riedel e o Superintendente do Senar-MS Clodoaldo Martins.

A média de produtividade de leite por hectare/ano em MS é 250% inferior a ideal, conforme destacou o palestrante do workshop Mais Leite, André Rozemberg. O ideal seria a cada hectare, se produzir o equivalente a 3,5 mil litros ao ano. Hoje, MS produz em média mil litros ha/ano, ou seja, “quem possui uma propriedade de 20 hectares deveria ter uma produção média de 191 litros por dia, o que não acontece no Estado.”, indica.

Conforme a médica veterinária e coordenadora do programa Mais Leite, Adriana Domingos, a falta de incentivo do Poder Público, a desinformação e a falta de tecnologias são os principais fatores para a queda do número de produtores no Brasil e também em Mato Grosso do Sul. “Apenas quatro produtores de Paranaíba conseguem uma produção rentável, equivalente a 16 litros por vaca ao dia, e esses estão diretamente ligados a programas de qualificação de mão-de-obra, como o Balde Cheio, que assim como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar/MS -, trazem tecnologias e capacitação para a profissionalização dos pequenos e grandes produtores”, afirma Gustavo Henrique Panucci da Silva, presidente da ACGRP ( Associação de Criadores de Girolando da Região de Paranaíba).

Segundo Gustavo, a associação comercializa cerca de 30 litros de leite por dia, entre seus produtores e os três laticínios. Gustavo indica que os demais produtores alcançam uma média de seis litros por dia por vaca, o que significa uma redução do lucro. Atualmente no interior de MS os valores do litro do produto gira em torno de R$ 0,68 a R$ 0,82, podendo variar conforme a quantidade e qualidade do que é produzido, recebendo influências do manejo,pastagem, alimentação e tecnologias utilizadas. “O produtor sente que o preço tem caído e o valor de produção tem aumentado, mas esses números se devem a lei de oferta e procura, além de ter ligação direta com a qualidade da produção”, diz Rozemberg, que também é coordenador do curso de Zootecnia da Universidade Estadual de MS de Aquidauana.

O presidente do Sindicato Rural de Paranaíba, Wilberto Antônio de Amaral, destacou a presença de produtores de cidades da região, como Chapadão do Sul, Cassilândia e Aparecida do Taboado. “O pessoal aceitou bem nosso convite e estamos satisfeitos com as 158 pessoas que participaram do evento”, concluiu Wilberto.

Os Programas do Senar

O objetivo do programa Mais Leite, do Senar/MS, é apresentar informações técnicas de gestão e estratégia da cadeia produtiva do leite de forma a contribuir com a elevação dos índices produtivos. Paranaíba foi a segunda cidade a receber o programa. No dia 15 de março será a vez de Glória de Dourados. Depois, as palestras serão ministradas em Anastácio (12/04), encerrando suas atividades no Encontro Sul-Mato-Grossense da Qualidade do Leite, na capital, em Campo Grande. O evento será nos dias 14 e 15 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

As inscrições para os workshops são gratuitas e podem ser realizadas por meio do site: www.senarms.org.br e nos sindicatos rurais dos municípios participantes. Já para o Encontro que será em Campo Grande, haverá taxa de inscrição. O Programa Mais Leite é uma iniciativa do Senar/MS, Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul e Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), com a parceria dos sindicatos rurais, Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Assessoria de Imprensa
Fonte: Sindicato Rural de Paranaíba

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